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Compreendendo o aborto espontâneo

Postado em 15/10/2019



O aborto espontâneo é a complicação mais comum da gravidez precoce. A frequência diminui com o aumento da idade gestacional. De 8 a 20% das gestações clinicamente reconhecidas com menos de 20 semanas de gestação sofrerão aborto, sendo 80% destes nas primeiras 12 semanas de gestação. Há ainda a perda do bebê sem que a mãe perceba, que totalizam entre 13 e 26% de todas as gestações – no entanto, esse número pode ser ainda maior, uma vez que muitas mães podem sofrer um aborto espontâneo antes de perceberem que estão grávidas.

 

O aborto é uma experiência relativamente comum - mas isso não faz com que seja fácil. Pode ser necessário suporte psicológico para superar a perda do bebê.

 

Quais são as principais causas?

A maioria dos abortos espontâneos ocorre porque o feto não está se desenvolvendo normalmente. Problemas com genes ou cromossomas do bebê são erros que ocorrem por acaso conforme o embrião se divide e cresce – dificilmente são problemas herdados dos pais. Exemplos de anormalidades incluem:

- má-formação de embriões

- Óbito embrionário (o embrião está presente, mas parou de se desenvolver)

- Gravidez molar (esse erro transforma o que poderia se tornar normalmente a placenta em uma massa crescente de cistos. Esta é uma causa rara de perda da gravidez)

- Condições de saúde materna

 

Em alguns casos, o estado de saúde da mãe pode levar ao aborto. Os exemplos incluem:

- Diabetes não controlada

- Infecções

- Problemas hormonais

- Problemas no útero ou colo do útero

- Doenças da tireoide

- Trombofilias.

 

Atividades de rotina como estas não provocam um aborto espontâneo:

- Exercícios

- Relações sexuais

- Sustos

- Quedas da própria altura

- Trabalho (desde que não haja exposição a produtos químicos ou radiação prejudiciais)

 

Fatores de risco:

- Idade

Mulheres com mais de 35 anos de idade têm um maior risco de aborto do que as mulheres mais jovens. Aos 35 anos, você tem um risco cerca de 20% maior. Aos 40 anos, o risco é de cerca de 40% maior, podendo chegar aos 80% aos 45 anos. A idade paterna também pode desempenhar esse papel. Algumas pesquisas também sugerem que as mulheres que engravidam de homens mais velhos estão em maior risco de aborto espontâneo.

 

- Abortos anteriores

Pessoas que tiveram dois ou mais abortos espontâneos consecutivos estão em maior risco de aborto espontâneo.

 

- Condições crônicas

Pessoas que têm uma condição crônica, como diabetes não controlada e trombofilias, têm um maior risco de aborto espontâneo.

 

- Problemas uterinos ou cervicais

Certas anomalias uterinas ou dos tecidos do colo do útero podem aumentar o risco de aborto.

 

- Vícios

Vícios como fumar, ingerir álcool ou usar drogas ilícitas aumentam o risco de aborto. Pessoas que fumam durante a gravidez têm um risco maior de aborto espontâneo do que os não-fumantes. Uso abusivo de álcool e uso de drogas ilícitas também aumentam o risco de aborto.

 

- Peso

Estar abaixo do peso ou com excesso de peso aumenta o risco de aborto espontâneo.

 

- Testes pré-natais invasivos

Alguns testes genéticos pré-natais invasivos, como a biópsia de vilo corial e amniocentese, podem causar um pequeno risco de aborto.

 

A maioria dos abortos espontâneos ocorre antes da 12ª semana de gravidez, e a mulher pode não saber que sofreu um, quando este ocorrer nas primeiras seis semanas. No entanto, sinais e sintomas de um aborto espontâneo podem incluir:

- Sangramento vaginal, com ou sem cólicas, que pode ocorrer muito cedo em sua gravidez, antes de você saber que está grávida, ou mais tarde, depois de ter conhecimento da gravidez

- Leve a intensa dor lombar, dor abdominal ou cólicas, que podem ser constantes ou intermitentes

- Um coágulo de sangue ou um jato de líquido claro ou rosa que passa pela vagina

- Diminuição de sinais de gravidez, como a perda da sensibilidade da mama ou náuseas.

 

É essencial que os pais façam um acompanhamento médico e um pré-natal assertivo para dar mais garantias de que o feto irá se desenvolver normalmente e que tanto a gestante quanto o bebê não sofram complicações durante a gravidez.

 

O ASSIM SAÚDE dá dicas para que a mulher tenha uma gestação saudável.